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No tratamento elementar da ótica geométrica obtém-se, por
constrções geométricas utilizando a lei de Snell-Descartes, a
equação
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(42) |
sendo a distância do objeto à lente (supostamente de espessura
desprezíivel), a distância da imagem à lente, e a distância
focal da lente, que é dada por
sendo o íindice de refração do vidro, e os raios das
superfíicies esféricas da lente. O significado de pode ser obtido
facilmente da Eq.(42): tomando-se , tem-se
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que mostra ser a distância a que se forma a imagem quando o objeto
está no infinito. Na Eq.(42) a lente é suposta de
espessura zero, e a distância à lente é confundida com a distância
ao centro da lente.
Vamos tratar esse problema com o uso da equação do eikonal.
Não haverá qualquer dificuldade em tratar o caso de lentes
espessas, e o caminho estará aberto também para o tratamento
de lentes cujas faces não sejam superfícies esféricas.
O ponto da figura designa a posição do objeto, de
coordenadas , e . O eixo é a direção
de incidência: é a reta que une ao centro da lente, .
Um raio partido de e incidente sobre a lente, encontra-a no
ponto , pertencente a uma superfície esférica de raio
(a primeira face da lente). O centro dessa superfície
esférica está no ponto de coordenadas , , .
As coordenadas de são , , . Um ponto vizinho
à lente tem coordenada , com
As ondas esféricas emitidas de têm o eikonal
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com (região externa à lente), ou seja, mais
explicitamente,
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Perto da primeira face da lente o eikonal é
Restringindo-nos a pequenas aberturas, basta considerar valores
pequenos de e . Então,
ou seja,
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A equação da superfície da primeira face da lente é
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(48) |
Podemos agora resolver o problema da primeira refração na
lente.
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Henrique Fleming
2002-04-24