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A figura mostra um raio saindo de
e incidindo sobre a lente, e
o raio refratado (que existe só dentro da lente). Prolongando-se
o raio refratado até que atinja o eixo da lente, determina-se o
ponto
. Esse raio,
, existiria se a propagação se
desse num meio homogêneo de índice de refração igual
ao da lente,
. O eikonal do raio refratado é, então,
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(49) |
pois as coordenadas de
são
,
,
. Para
pontos próximos à primeira face da lente temos
,
com
. Então,
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(50) |
ou, aproximadamente,
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(51) |
onde
é uma constante. Em geral essa constante aditiva é
desnecessária, embora esteja sempre presente, já que, sendo a
equação do eikonal uma equação para
,
se um
é solução,
também o será,
sendo uma constante arbitrária. Neste problema que estamos
estudando, imporemos a continuidade do eikonal numa determinada
superfície, e, para isso ser possível, é necessário
incluir o
.
A condição de contorno é que o eikonal (a fase!) varie
continuamente ao atravessar a face da lente. Se isto não lhe
parece intuitivo, note que é sob essa condição que se obtém a
lei de Snell-Descartes para a refração numa superfície plana, o
que pode ser considerado uma ``verificação experimental'' do fato.
Para pequenas aberturas os pontos que satisfazem a
Eq.(48) da superfície são tais que
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(52) |
ou, como
,
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(53) |
ou ainda,
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(54) |
Devemos ter a coincidência dos dois eikonais sobre a
superfície da lente. Então,
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(55) |
que leva a
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(56) |
ou seja,
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(57) |
e
 |
(58) |
ou ainda
 |
(59) |
Esta equção resolve o problema da refração por um dioptro esférico.
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Henrique Fleming
2002-04-24