 
 
 
 
 
   
 Next: Adeus às somatórias
 Up: Rotações
 Previous: Rotações infinitesimais: parametrização
Uma rotação infinitesimal em três dimensões é definida
como uma transformação linear
|  com  | (68) | 
 
tal que
|  | (69) | 
 
Também neste caso  a condição necessária e suficiente para
que (68) seja uma rotação é que
|  | (70) | 
 
e o bonito é que a demonstração é exatamente a mesma!
Podem-se usar, passo a passo, as mesmas equações que no caso de
duas dimensões. Melhor, a demostração continua válida para
um número qualquer de dimensões! A única coisa que muda é o
número de valores que os íindices assumem, mas este número
não desempenhou qualquer papel da demonstração.
Para resumir: quando se realiza, sobre o sistema de eixos, uma
rotação infinitesimal, caracterizada pelos parâmetros
infinitesimais 
 , as coordenadas de um
ponto fixo do espaço se transformam assim:
, as coordenadas de um
ponto fixo do espaço se transformam assim:
|  | (71) | 
 
As componentes de um vetor fixo do espaço, sob esta mesma
rotação, transformam-se assim:
|  | (72) | 
 
Exercício: mostrar que o produto escalar de dois vetores é
invariante sob rotações:
Exercício: dada a transformação infinitesimal
|  | (78) | 
 
determinar a transformação inversa.
A inversa é
|  | (79) | 
 
A verificação é imediata.
Exercício: determinar a transformação nas derivadas
parciais das coordenadas, por uma rotação infinitesimal.
Pela regra da cadeia, temos
|  | (80) | 
 
Como
|  | (81) | 
 
temos
e, portanto,
|  | (82) | 
 
É conveniente lembrar aqui a fórmula de transformação de um vetor,
sob rotações infinitesimais:
|  | (83) | 
 
Vamos agora achar a fórmula de transformação da seguinte quantidade:
A expressão acima não é outra coisa que o divergente de  calculado
no referencial em que as coordenadas são
 calculado
no referencial em que as coordenadas são 
 . Ora,
. Ora,
onde, dentro das regras de tratamento de transformações infinitesimais, desprezamos
termos onde  aparecia ao quadrado.
 aparecia ao quadrado.
A eq.(84) relata um fato muito importante: o divergente de um campo vetorial
é um invariante: aquela particular combinação de componentes do campo e de derivadas
parciais que o definem num sistema, definem-no em qualquer sistema, e o valor da expressão
é o mesmo. Ou seja, o divergente de um campo vetorial não depende do sistema de coordenadas
utilizado. Pelos nossos argumentos anteriores, temos o direito de esperar que o divergente
de um campo vetorial seja uma quantidade física
importante.4.
 
 
 
 
 
   
 Next: Adeus às somatórias
 Up: Rotações
 Previous: Rotações infinitesimais: parametrização
Henrique Fleming
2003-08-11