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Funções harmônicas, e, em particular, potenciais em regiões onde
não há cargas, não podem ter máximos nem mínimos. A
demonstração deste importante resultado é usualmente feita
utilizando a segunda fórmula de Green. Seja
uma
superfície esférica com centro em
, e
o volume delimitado
por ela. Seja
uma função harmônica, e seja
, que é uma
função harmônica exceto para
.
A segunda fórmula de Green aplicada a essas funções
e
dá:
 |
(182) |
Mas, na superfície esférica, onde a segunda integral é calculada,
, onde
, constante, é o raio da esfera. Logo,
 |
(183) |
e, então,
 |
(184) |
Mas (veja Apêndice),
 |
(185) |
logo,
 |
(186) |
que está nos dizendo o seguinte: uma função harmônica tem, em
qualquer ponto, como valor, a média dos valores que tem em uma superfície
esférica qualquer centrada neste ponto (desde que contida na região
em que a função é harmônica). Uma aplicação imediate é a seguinte:
dada uma distribuição de cargas em repouso, não há pontos em que
uma carga-teste permaneça em equilíbrio, a não ser aqueles
pontos onde já existam cargas (e, por conseguinte, onde a equação
de Laplace não seja satisfeita).
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Henrique Fleming
2003-08-11