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A receita para achar os pontos de máximo é igualar a zero todas
as derivadas parciais. Se não houvesse vínculos, isto seria o mesmo
que impor
, onde
, o diferencial da função
, é
dado por
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(6) |
Uma vez eliminado
por meio do vínculo, temos, em lugar desta
última, a equação
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(7) |
ou seja, não aparece mais o diferencial
, indicando que a função
não depende de
. O método de Lagrange oferece uma técnica
mais eficiente e simétrica para eliminar a dependência em
, ou
seja, para se livrar do termo em
na expressão do diferencial da
função cujos máximos se procura.
Considere o diferencial da função
:
 |
(8) |
e, como
, temos
 |
(9) |
Sejs
um número qualquer, de valor a ser determinado
posteriormente. Adicionemos a
a quantidade
, que é
zero. Logo,
Portanto, podemos escrever
 |
(10) |
Mas, como
é indeterminado, podemos determiná-lo agora
impondo que o coeficiente de
na expressão anterior seja nulo, ou
seja, que
 |
(11) |
Com
isso, temos agora um
independente de
, e podemos localizar seus
pontos de máximo impondo que
, ou, mais precisamente, que
. Mas isso dá as condições
Como, adicionalmente, temos a condição dada pela Eq.(11),
notamos que o conjunto das equações que determinam os pontos de máximo
(bem como o valor de
) é obtido da seguinte maneira:
igualem-se a zero as derivadas parciais da função
 |
(14) |
A generalização é imediata. Seja
a função cujos pontos
de máximo queremos localizar, e sejam
e
condições subsidiárias. Então igualam-se a zero
as derivadas parciais da função
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(15) |
onde
e
são coeficientes a determinar.
Se houver
condições subsidiárias
, igualem-se a zero
as derivadas parciais da função
 |
(16) |
Os
são denominados multiplicadores de Lagrange.
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Henrique Fleming
2003-09-24