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Campo elétrico perpendicular

Neste caso o campo magnético é paralelo ao plano de incidência, e os vetores de polarização pertinentes são mostrados na figura abaixo.


\begin{pspicture}(0,-4)(10,4)
\psline(0,0)(10,0)
\psline{->}(5,-3)(5,3)
\psli...
...
\uput[0](5.3,0.8){$\theta_1'$}
\uput[0](5.1,-1.3){$\theta_2$}
\end{pspicture}

A terceira condição de contorno dá

\begin{displaymath}
a_1\sin{\theta_1}+a_1'\sin{\theta_1}-a_2\sin{\theta_2}=0
\end{displaymath} (35)

enquanto que da quarta se tira
\begin{displaymath}
a_1\cos{\theta_1}-a_1'\cos{\theta_1}-a_2\cos{\theta_2}=0
\end{displaymath} (36)

Multiplicando a Eq.(35) por $\cos{\theta_1}$ , a Eq.(36) por $\sin{\theta_1}$ e somando as equações resultantes, temos
\begin{displaymath}
a_2\sin{(\theta_1 + \theta_2)} = 2\; \sin{2\theta_1}
\end{displaymath} (37)

de onde sai que
\begin{displaymath}
a_2=\frac{\sin{2\theta_1}}{\sin{(\theta_1+\theta_2)}}a_1
\end{displaymath} (38)

Multiplicando a Eq.(35) por $\cos{\theta_2}$, a Eq.(36) por $\sin{\theta_2}$ e subtraíndo a segunda equação assim obtida da primeira, temos

\begin{displaymath}
a_1\sin{(\theta_1-\theta_2)}=-a_1'\sin{(\theta_1+\theta_2)}
\end{displaymath}

ou
\begin{displaymath}
a_1'= -\frac{\sin{(\theta_1-\theta_2)}}{\sin{(\theta_1+\theta_2)}}a_1
\end{displaymath} (39)

A Eq.(38) dá a amplitude da onda transmitida; a Eq.(39) dá a amplitude da onda refletida.

Passemos ao cálculo das intensidades. Na teoria de Maxwell isto significa determinar o vetor de Poynting $\vec{S}$. A intensidade do campo incidente é

\begin{eqnarray*}
\vec{S} & = & \frac{c}{4\pi}\vec{E}_i\times\vec{H}_i\\
& = & ...
...a(\frac{
\sqrt{\epsilon_1} }{c}\vec{p}_1.\vec{r}-t)]}\vec{p}_1
\end{eqnarray*}



A intensidade propriamente dita é o fluxo de $\vec{S}.\vec{n}$, sendo $\vec{n}$ a normal à superfície em questão. Então, por unidade de área,
\begin{displaymath}
\vec{S}.\vec{n}=\frac{a_1^2c}{4\pi \sqrt{\epsilon_1} }\cos^2...
...\sqrt{\epsilon_1} }{c}\vec{p}_1.\vec{r}-t)]}\vec{p}_1.\vec{n}
\end{displaymath} (40)

É raro que se queira saber a intensidade com tantos detalhes. Em geral é suficiente, e mais útil, calcular a média por período da intensidade, o que é dado por

\begin{displaymath}
<\vec{S}.\vec{n}>=\frac{1}{T}\int_0^Tdt\vec{S}.\vec{n}
\end{displaymath}

que, no caso da onda incidente, é
\begin{displaymath}
<\vec{S}.\vec{n}>=\frac{a_1^2c}{4\pi \sqrt{\epsilon_1} }(\ve...
...\omega(\frac{ \sqrt{\epsilon_1} }{c}
\vec{p}_1.\vec{r}-t)]}dt
\end{displaymath} (41)

O cálculo dessa integral é elementar. O resultado é o seguinte:
\begin{displaymath}
\frac{1}{T}\int_0^T\cos^2{[\omega(A-t)]}dt = \frac{1}{2}
\end{displaymath} (42)

onde $A$ é qualquer constante e $T=\frac{2\pi}{\omega}$. Pondo $\vec{p}_1.\vec{n}=\cos{\theta_1}$ temos então
\begin{displaymath}
<\vec{S}.\vec{n}>^i_T =\frac{a_1^2c}{8\pi\sqrt{\epsilon_1}}\cos{\theta_1}
\end{displaymath} (43)

Para a intensidade refletida um cálculo análogo dá:
\begin{displaymath}
<\vec{S}.\vec{n}>^r_T =\frac{a_1'^2c}{8\pi\sqrt{\epsilon_1}}\cos{\theta_1}
\end{displaymath} (44)

Para a intensidade transmitida,
\begin{displaymath}
<\vec{S}.\vec{n}>^t_T =\frac{a_2^2c}{8\pi\sqrt{\epsilon_2}}\cos{\theta_2}
\end{displaymath} (45)

Estamos agora em condições de definir a reflexividade $R_{\perp}$ e a transmissividade $T_{\perp}$ dessa ondas:
\begin{displaymath}
R_{\perp}=\frac{fluxo\;de\;energia\;da\;onda\;refletida}{idem\;da\;incidente}
\end{displaymath} (46)


\begin{displaymath}
T_{\perp}=\frac{fluxo\;de\;energia\;da\;onda\;transmitida}{idem\;da\;incidente}
\end{displaymath} (47)

Uma simples substituição dá:
\begin{displaymath}
R_{\perp}=\frac{\sin^2{(\theta_1-\theta_2)}}{\sin^2{(\theta_1+\theta_2)}}
\end{displaymath} (48)


\begin{displaymath}
T_{\perp}=\frac{\sin{2\theta_1}\sin{2\theta_2}}{\sin^2{(\theta_1+\theta_2)}}
\end{displaymath} (49)


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Henrique Fleming 2001-11-29