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Equações constitutivas

As equações de Maxwell

\begin{eqnarray*}
\vec{\nabla} .\vec{B} & = & 0 \\
\vec{\nabla} .\vec{D} & = & ...
...es \vec{H} & = & \frac{1}{c}
\frac{\partial \vec{D}}{\partial t}
\end{eqnarray*}



e a expressão da polarização,
\begin{displaymath}
\vec{P}=\frac{\vec{D}-\vec{E}}{4\pi}
\end{displaymath} (1)

precisam ser suplementadas por equações constitutivas. Para freqüências altas temos, normalmente, campos fracos, o que sugere uma relação linear entre $\vec{D}$ e $\vec{E}$. A existência de memória sugere, então,
\begin{displaymath}
\vec{D}(t)=\vec{E}(t)+\int_0^{\infty}f(\tau)\vec{E}(t-\tau)d\tau
\end{displaymath} (2)

Introduzindo as transformadas de Fourier
\begin{displaymath}
\vec{E}(t)=\frac{1}{2\pi}\int_{-\infty}^{\infty}d\omega\vec{E}(\omega)
e^{-i\omega t}
\end{displaymath} (3)

obtém-se1
\begin{displaymath}
\frac{1}{2\pi}\int_{-\infty}^{\infty}d\omega e^{-i\omega t}
...
...{\infty}d\tau
f(\tau)\vec{E}(\omega)e^{i\omega \tau} \right)=0
\end{displaymath} (4)

ou seja,
$\displaystyle \vec{D}(\omega)$ $\textstyle =$ $\displaystyle \epsilon(\omega)\vec{E}(\omega)$ (5)
$\displaystyle \epsilon(\omega)$ $\textstyle =$ $\displaystyle 1+\int_0^{\infty}d\tau f(\tau)e^{i\omega
\tau}$ (6)

Portanto, para campos periódicos, é vantajoso expressar as equções constitutivas em termos da freqüência; naturalmente $\epsilon(\omega)$ depende das propriedades do meio. Note que $\epsilon(\omega)$ é um número complexo, podendo ser escrito

\begin{displaymath}
\epsilon(\omega)=\epsilon'(\omega)+i\epsilon''(\omega)
\end{displaymath}

e, usando Eq.([*]),
\begin{displaymath}
\epsilon(-\omega)=1+\int_0^{\infty}d\tau f(\tau)e^{-i\omega \tau}=
\epsilon^*(\omega)
\end{displaymath} (7)

Equivalentes à relação $\epsilon(-\omega)=\epsilon^*(\omega)$ são:
$\displaystyle \epsilon'(-\omega)$ $\textstyle =$ $\displaystyle \epsilon'(\omega)$ (8)
$\displaystyle \epsilon''(-\omega)$ $\textstyle =$ $\displaystyle -\epsilon''(\omega)$ (9)

ou seja, a parte real de $\epsilon$ é uma função par; a parte imaginária é uma função ímpar. Numa expansão em série de potências de $\omega$, a parte real de $\epsilon$ começará com uma potência zero de $\omega$ (a constante dielétrica ordinária), vindo a seguir uma correção quadrática. Já a parte imaginária conterá apenas potências ímpares, e, em particular, se anula para $\omega=0$. Em outras palavras, o limite da eletrostática não oferece qualquer informação sobre a parte imaginária da permissividade (que é o nome ``oficial'' de $\epsilon$).
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Henrique Fleming 2003-03-21