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A magia da equação de Laplace

Na eletrostática temos as equações básicas

$\displaystyle rot \vec{E}=0$ (165)

(que significa que a força eletrostática é conservativa) e, nas regiões onde não há cargas,

$\displaystyle div \vec{E}=0\; .$ (166)

A primeira dessas equações é equivalente a

$\displaystyle \vec{E}=-grad\; \phi\; ,$ (167)

onde $ \phi$ é o potencial escalar. Usando 167 em 166, temos

$\displaystyle div \; grad\; \phi =0$ (168)

ou

$\displaystyle \vec{\nabla}^2\phi=0$ (169)

onde $ \vec{\nabla}^2$ é o operador Laplaceano. A equação 169 é a famosa equação de Laplace. Boa parte de sua fama é devida a um poderoso teorema de existência e unicidade que é o tema principal dessas notas. Para demonstrar esse teorema precisamos do teorema do divergente.

Numa região onde há cargas, não vale a equação de Laplace, que é substituída pela equação de Poisson,

$\displaystyle \vec{\nabla}^2\phi = -4\pi \rho$ (170)

onde $ \rho$ é a densidade volumétrica de carga. Por outro lado, generalizando a lei de Coulomb, vimos que

$\displaystyle \phi(\vec{r})=\int d^3\vec{r'}\frac{\rho(\vec{r}')}{\vert\vec{r}-\vec{r}'\vert}\;,$ (171)

e que, portanto, a Eq.(171) exibe uma solução da Eq.(170). De fato, (171) é a solução de (170) que se anula no infinito. Mais tarde vamos estudar o método inventado por George Green para obter este resultado trabalhando diretamente com a equação de Poisson.

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Henrique Fleming 2003-08-11