Next: Demonstração experimental do efeito
Up: Primeiras teorias
Previous: Histerese no modelo de
Até 1933 essas predições sobre o comportamento magnético de um condutor
perfeito eram supostas verdadeiras para um supercondutor, e isto parecia
tão óbvio que ninguém pensou em testá-las. Foram Meissner e Ochsenfeld,
em 1933, os primeiros a mostrar que algumas das previsões para condutores
perfeitos não se verificavam para supercondutores reais, descobrindo que,
para um supercondutor puro, a distribuição do campo magnético correspondia
sempre a campo nulo no interior do supercondutor. Isto é, dentro do
supercondutor,
 |
(21) |
em lugar de
, independentemente das condições iniciais.
Este resultado é conhecido como efeito Meissner.
À luz dessa descoberta experimental, vamos ver como se passa, na realidade, a
criação de magnetização em um condutor cilíndrico longo, quando o campo
externo varia.
O condutor é resfriado na ausência de qualquer campo externo. Pelo
efeito Meissner,
. Aumentando-se o campo externo até o valor crítico
,
tem-se o
mesmo comportamento do caso do condutor perfeito (uma vez que, neste caso,
).
Na Figura abaixo representa-se o que acontece com o supercondutor.
Ao atingir-se o valor
(ponto
) o material deixa de ser
supercondutor. O campo
interno torna-se igual ao externo e a magnetização se anula. Tornando-se
a diminuir
, o material volta a ser supercondutor,
volta a ser zero,
e a magnetização
volta a ser
, e se torna zero quando
se anula.
Não há
efeito de histerese.
Subsections
Next: Demonstração experimental do efeito
Up: Primeiras teorias
Previous: Histerese no modelo de
Henrique Fleming
2002-04-15