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Na ausência de campo magnético a transição para o estado supercondutor é de segunda ordem.
O parâmetro de ordem, denotado por
, será tal que
A idéia de partida é que
representa uma função de onda efetiva
dos elétrons supercondutores. Logo, a fase de
não deve ser determinável,
isto é, nas quantidades observáveis devem ocorrer apenas combinações de
e
invariantes pela transformação
,
sendo
um número real. A normalização é, por enquanto, arbitrária.
Considere um supercondutor uniforme na ausência de um campo magnético, e suponha que que
seja independente da posição . De acordo com a teoria das transições de fase de segunda
ordem, temos, para
suficientemente próximo de
,
 |
(159) |
onde
e
são as energias livres (a campo externo zero) da fase supercondutora
e normal, respectivamente, e
e
são funções da temperatura que têm
as propriedades gerais:
No equilíbrio, naturalmente,
 |
(164) |
sto é
 |
(165) |
dando
 |
(166) |
Usando
 |
(167) |
 |
(168) |
temos
 |
(169) |
e
 |
(170) |
Como vimos anteriormente,
 |
(171) |
logo,
 |
(172) |
que é uma relação muito bem verificada experimentalmente.
Examinemos agora o efeito, sobre o condutor, de um campo magnético independente do tempo.
Para se obter
é preciso somar a
duas contribuições :
(1) A energia do campo:
(2) A energia proveniente do aparecimento possível de um gradiente de
, por influência
do campo externo.
Vamos estimar esta segunda energia. Ela é função do gradiente de
, e deve ter a
estrutura
![\begin{displaymath}
f\left[\vec{\nabla}\psi^*.\vec{\nabla}\psi\right] \; .
\end{displaymath}](img370.png) |
(173) |
Para pequenos valores de
, podemos escrever
![\begin{displaymath}
f\left[\vec{\nabla}\psi^*.\vec{\nabla}\psi\right]=\frac{\hbar^2}{2m}\vert\vec{\nabla}\psi\vert^2
+\ldots
\end{displaymath}](img372.png) |
(174) |
onde
é um parâmetro. O sistema deve, contudo, ser gauge-invariante, e isto implica
em que a dependência seja em
 |
(175) |
Logo, em primeira aproximação ,
 |
(176) |
A equação para
pode agora ser obtida impondo-se que
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(177) |
seja estacionário por variações de
.
A energia livre total é
 |
(178) |
Desses termos, só o último depende de
. Escrito em detalhe, ele é:
Isto é, a parte da energia dependente de
é:
 |
(179) |
Derivando em relação a
e igualando a zero, temos
 |
(180) |
e
![\begin{displaymath}
\vec{n}.\left[-i\hbar\vec{\nabla}-\frac{e}{c}\vec{A}\psi \right]=0 \;
,
\end{displaymath}](img380.png) |
(181) |
sendo a primeira interpretada como a equação de movimento, e a
segunda como uma condição de contorno.
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Henrique Fleming
2002-04-15