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Há problemas no confronto com a experiência.
1.O acordo das equções de London com a experiência é qualitativo;
quantitativamente o acordo é duvidoso.
2.A teoria está em contradição com a experiência em relação à destruição
da supercondutividade de um filme fino por um campo magnético. De fato, o uso da
termodinâmica acoplada às equações de london leva, para o caso da transição
de um filme fino de espessura
do estado supercondutor para o normal, à seguinte
expressão para o campo magnético
:
 |
(123) |
onde
é o campo crítico de um supercondutor volumoso de mesmo material. Esta
expressão não está de acordo com a experiência, pois, medindo-se
e variando-se
, não se obtém um valor constante
para
.
3. Questões ligadas à energia superficial.
Assim, a teoria precisa ser modificada.
O primeiro fato importante é que o campo crítico é uma função da temperatura.
se anula à temperatura crítica, com um slope finito. As variáveis
relevantes são o campo magnético, a temperatura e a pressão . Como, porém, as
mudanças de volume no processo são muito pequenas, ignoraremos a dependência na
pressão .
A variação da energia por centímetro cúbico é dada por
 |
(124) |
Em um processo isotérmico, toda a energia magnética pode ser transformada em trabalho,
logo,
 |
(125) |
Integrando,
 |
(126) |
sendo
uma finção só da temperatura. É preferível trabalhar com potenciais
termodinâmicos que tenham como variável independente
, pois, enquanto
é uma função unívoca de
, p inverso não é verdade.
não é uma função unívoca de
.
 |
(127) |
onde se supõe que
.
De acordo com Meissner,
e, em conseqüência ,
Como
e
temos, para a parte normal,
 |
(132) |
e
 |
(133) |
para a fase supercondutora. Logo,
 |
(134) |
o que mostra que a transição é de primeira ordem quando se dá na presença de
um campo magnético (
), envolvendo um calor de transição por mol
 |
(135) |
que é absorvido pelo sistema quando a transição se dá do estado supercondutor para
o normal. Por outro lado, na ausência de campo magnético a transição se dá
com
. Logo,
, e a transição é de segunda
ordem.
Derivando (134) e multiplicando por
temos, para os calores específicos
por mol,
 |
(136) |
e, em
,
![\begin{displaymath}
\left[C_{n}-C_{s}\right]_{T=T_{c}}=-\frac{T}{4\pi}\left(\frac{\partial H_{c}}{\partial T}
\right)^{2}_{T=T_{c}}V_{m}
\end{displaymath}](img309.png) |
(137) |
que é a fórmula de Rutgers.
Finalmente, para a energia livre
, temos, introduzindo
 |
(138) |
Consideremos a situação em que
. Vamos estimar o valor da diferença
entre
e
, onde esta última
é a energia livre da fase normal à temperatura
. A presença de um
campo magnético não causa praticamente nenhum efeito na fase normal. Então ,
já que a transição , com
, é de primeira ordem, podemos estender
para
. Supomos a mesma forma, isto é:
 |
(141) |
 |
(142) |
Logo,
 |
(143) |
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Henrique Fleming
2002-04-15