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Determinando o comportamento assintótico

Considere a equação
\begin{displaymath}
\frac{d^2 u}{d\rho^2}-\frac{1}{4}u=0
\end{displaymath} (142)

e vamos multiplicar cada um de seus termos por $\frac{du}{d\rho}$, obtendo

\begin{displaymath}
\frac{du}{d\rho}\frac{d^2u}{d\rho ^2} =
\frac{1}{4}u\frac{du}{d\rho}
\end{displaymath}

O leitor verificará facilmente que esta equação é a mesma que
\begin{displaymath}
\frac{d}{d\rho}\left(\frac{du}{d\rho}\right)^2=\frac{1}{4}\frac{d}{d\rho}u^2
\end{displaymath} (143)

ou
\begin{displaymath}
\frac{d}{d\rho}\left\{\left(\frac{du}{d\rho}\right)^2-\frac{u^2}{4}\right\}=0
\end{displaymath} (144)

Portanto,

\begin{displaymath}
\left(\frac{du}{d\rho}\right)^2-\frac{u^2}{4}=K
\end{displaymath}

onde $K$ é uma constante. Mas tanto $u$ quanto as suas derivadas tendem a zero no infinito. Logo, a constante $K$ deve ser nula, pois, calculada no infinito é nula, e tem o mesmo valor em todos os pontos. Conseqüentemente,
\begin{displaymath}
\left(\frac{du}{d\rho}\right)^2 = \frac{u^2}{4}
\end{displaymath} (145)

e
\begin{displaymath}
\frac{du}{d\rho}= \pm \frac{u}{2}
\end{displaymath} (146)

As soluções dessas equações são
\begin{displaymath}
u(\rho)=\exp{\pm \frac{\rho}{2}}
\end{displaymath} (147)

das quais a que satisfaz os requisitos físicos de se anular no infinito é
\begin{displaymath}
u(\rho)=\exp{-\frac{\rho}{2}}
\end{displaymath} (148)

Este é, então, o comportamento assintótico que as soluções da Eq.(140) devem ter.
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Henrique Fleming 2003-03-30