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Consideremos distribuições de correntes tais que
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(27) |
Vamos mostrar que há soluções distintas de
e
.
De fato, sejam
Vamos mostrar que, qualquer que seja a superfície
e qualquer que seja a
curva fechada
em torno da superfície,
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(30) |
A primeira integral dá, pelo teorema de Stokes,
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(31) |
e a segunda, pelo que vimos na seção anterior,
. Logo,
a Eq.(30) é satisfeita. Note-se que pode haver compensação: os dois termos não
precisam ser, separadamente, nulos.
Vamos agora calcular o momento magnético de dipolo devido a ambas as correntes. É praticamente
uma repetição de cálculo feito anteriormente. A i-ésima componente de
é:
Como
temos
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(34) |
Além disso,
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(35) |
Logo, temos precisamente
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(36) |
e, assim, também quando se consideram as correntes superficiais, a magnetização é o momento de
dipolo magnético por unidade de volume.
Como a relação definidora de
envolve só o seu rotacional, podemos construir
infinitos
equivalentes adicionando a um deles o gradiente de uma função
arbitrária, pois
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(37) |
e
Vamos mostrar que
ainda é solução da
Eq.(27). De fato, vimos que o último termo dessa
equação pode ser escrito, quando se insere a expressão para
em termos de
, como
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(38) |
Acrescentando-se a
um termo da forma
teremos,
na última equação, a adição de um termo
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(39) |
que é zero, pois
e
Logo, a Eq.(27) ainda é satisfeita. A densidade de corrente
não é alterada pela adição do gradiente, mas a densidade superficial de corrente
é. Logo, a flexibilidade na escolha de
efetivamente não existe, pois
os diversos
possíveis correspondem a densidades superficiais de correntes
diferentes, e elas são quantidades mensuráveis. Este fato não é só de
interesse acadêmico: note que
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(40) |
de maneira que, se
tiver alguma ambigüidade,
também terá.
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Henrique Fleming
2002-04-22