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Considere a equação
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(13) |
que aparece na solução do problema de determinar os estados
estacionários do oscilador harmônico. Aqui
é um número qualquer,
não necessariamente um inteiro, apesar da notação. Colocando-a na forma
vemos que
Temos, então,
e
e, como
Logo,
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(14) |
e
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(15) |
Como estamos calculando uma função de onda, constantes multiplicativas
não têm importância. Por isso, simplificamos para
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(16) |
Passemos agora à determinação do caminho de integração. Como vimos,
ele deve ser tal que a função
tenha o mesmo valor nos
dois extremos. Essa função é, neste caso,
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(17) |
Por argumentos físicos os casos de interesse
são restritos a
(Veja nota2). Para esses valores os contornos
e
das figuras abaixo são adequados.
Seja
. O termo dominante no integrando é
. Para
pequeno em módulo,
garante
que a função
se anula nas extremidades de ambos os contornos.
Se
for um racional não inteiro, a origem
será um ponto de
ramificação, e haverá cortes ao longo do eixo real. Se o corte for
tomado ao longo do semi-eixo real negativo, o primeiro contorno não é
permitido (a curva atravessa o corte). O segundo é aceitável. A
integração é complicada, e não garante que
seja um polinômio,
como é requerido. Quando
for inteiro, a situação é muito mais simples.
Façamos, neste caso, a mudança de variável
onde introduzimos a nova variável complexa
. Uma substituição simples
mostra que
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(18) |
onde o novo contorno
é descrito na figura abaixo.
Que o contorno deve ser este, segue dos seguintes fatos:a transformação é
linear; uma transformação linear transforma retas em retas e círculos
em círculos3; a particular transformação acima inverte o sentido de
percurso no contorno e leva pequenos valores da parte imaginária de
em pequenos valores da parte imaginária de
; o ponto
corresponde
ao ponto
no novo contorno.
Para
inteiro e
o integrando não tem singularidades. Por isso,
o contorno pode ser deformado para
A integral é, então,
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(19) |
Ora,
onde usamos a fórmula de Cauchy. Portanto,
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(20) |
Mas, uma maneira de definir os polinômios de Hermite é:
Logo,
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(21) |
onde
é uma constante arbitrária, a ser determinada posteriormente
pela normalização da função de onda.
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Henrique Fleming
2001-11-22